Bairro Delfino Guedes, Ibicaraí-BA.



IBICARAÍ-BA, BAIRRO DELFINO GUEDES









Pesquisa de campo apresentado ao componente curricular Universidade e Contexto Planetário, da Universidade Federal do Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção de créditos no componente, com orientação do docente Humberto Actis Zaidan.

“A força humana é capaz de conceber ideias simples e transformá-las em ações extraordinárias.” 

 (Autor Desconhecido)


Discentes: Aline dos Santos, Iolanda Vieira, Karolayne Santos, Lucas Sales e Rafael Felix.





1. APRESENTAÇÃO DA ÁREA VISITADA


        No dia 06/04/2019, os alunos do Cuni Ibicaraí deram inicio a uma pesquisa de campo no bairro Delfino Guedes, conhecido popularmente como “Mutirão”, o presente blog apresenta uma ideia aos problemas sociais, existentes no bairro (figura 1, ANEXOS 10 a 17). A quadra “X”, rua a qual nos baseamos, é uma rua de população classe média - baixa, a rua possui domicílios ligado a iluminação pública, e ao abastecimento de água interligado a rede pública, onde todos pagam seus impostos de consumo diário.
        A infraestrutura urbana deste bairro gera polêmicas já que dentro do bairro, existem ruas que não possuem a rede de coleta do esgoto. Cerca de 28,3% da amostra da população entrevistada afirma que lança os esgotos de seu domicilio a céu aberto, ocasionando assim a poluição de córregos e rios (figura 16,17).
Na infraestrutura das casas predomina a alvenaria baseadas em blocos, cerâmicas, ou concretos, em cerca de 100% excluindo outros materiais de construção como a taipa e madeira ou materiais de reciclagem.
        Em tempos chuvosos as ruas pertencentes ao bairro, em que não são calçadas pouco menos pavimentadas, ocasionam problemas à população, principalmente em casos de alagamentos, deslizamentos, e acidentes. (figura 1)
        A “equipe Três” conseguiu depoimentos da população local a respeito deste problema, a Senhora Maria Rena afirmou “após a prefeitura mandar o pessoal de lá para pôr estes canos do esgoto ai, a situação aqui na rua ficou pior, porque começou a abrir buracos. E com as chuvas, acabamos escorregando e caindo dentro deles, há pouco tempo quase perco minha perna, acabei sofrendo este acidente, pois escorreguei no barro.”



Figura 1. Imagens da quadra “X” em dias chuvosos, ocasionando danos para a população que ali habita. Foto do blog Dias em Foco.


Figura 2.Implantação do sistema de rede de esgoto. Foto do blog Tribuna de Ibicaraí.


2. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS E DIAGNÓSTICOS



          Um dos problemas encontrados no bairro é a falta de um ambiente de lazer para idosos e crianças, apesar de possuir uma área ampla e perdida no meio dele, na qual a prefeitura poderia fazer uso para tal investimento a fim de propiciar entretenimento para os moradores.
          Outro problema extremamente importante é a situação de deslocamento para os moradores afim das práticas de seus afazeres, já que o bairro é distante do centro da cidade de Ibicaraí, consequentemente, fazendo com que os mesmos percam um contato mais próximo com mercados, farmácias e até mesmo com o hospital já que o posto do bairro funciona apenas em períodos matutinos e vespertinos.
          Dentro do Bairro possui uma liderança, denominado por eles como “presidente do bairro”, onde esta liderança é a responsável em receber e repassar os problemas ali vividos, além de ter nos auxiliado e apresentado aos moradores.


Análises:  





Figura 3. A Coleta do lixo é diária e com auxilio da prefeitura, gerando a despoluição das ruas e a exclusão das queimadas de resíduos tóxicos que os compõe.


Figura 4. Gráfico relacionado à falta de pavimentação e das calçadas na quadra "X", no bairro Delfino Guedes.




Figura 5. Dentro do bairro há variação na composição familiar, variam entre um componente a dez ou mais.




Figura 6. O gráfico ressalta a quilometragem percorrida entre a residência ao local de trabalho, porém o que impressiona não é a porcentagem de 76,2% a respeito do pessoal que trabalha em casa, pois a maioria da população ali predominante é idosa, mas sim à distância percorrida de até 10 km voltados para 9,5% dos moradores.






Figura 7. Falta da participação coletiva nos movimentos sociais entre os moradores.


3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO AOS PROBLEMAS


       Apesar de tentar trazer proposta para a intervenção dos problemas estamos bem longe de saná-los já que estes problemas se ramificam desde períodos coloniais e industriais onde a maioria rica buscava enriquecer-se cada vez mais e acaba por esquecer-se da minoria pobre apenas os utilizando como mão-de-obra barata.
       Apresentados aos problemas como: a escassez do sistema completo da rede de esgoto para todo o bairro, a falta de calçamento em determinadas ruas (imagens em anexo), exceto a central, a forma de deslocamento onde geralmente é a pé e, principalmente, a falta de uma área de lazer, torna-se fundamental a ação da população para reverte-los.
    A proposta de intervenção vista por nós, busca proporcionar condições melhores para esses familiares e para o espaço público, proporcionando qualidade de vida. A relação social é um fator importante, pois além de favorecer a relação entre as pessoas acabará por valorizar o determinado espaço a qual ele compõe.

Propostas:


  • Fazer uso da coletividade, voluntária, a fim de revitalizar o espaço público;

  • Criar cooperativas com o propósito de trazer mudanças essenciais ao bairro;


  • Unirem-se todos para comparecer a sessões da câmara municipal da cidade, a fim de reivindicar seus direitos de melhores condições de vida;

  • Criar uma liderança mais forte para lutar pelas causas que são consideradas perdidas, como forma de resistência.


  • Conscientizar a população sobre a prática desnecessária de jogar lixo em terrenos desabitados.

       Dentro do bairro é perceptível a falta de participação coletiva entre os residentes, para que haja uma união de iniciação de abordagem aos problemas vividos.
       A cooperativa seria uma ação que os manteriam mais próximos e com convívios diários, voltados aos trabalhos que trariam uma renda maior a fim de revitalizar o córrego que está poluído devido aos lançamentos da rede de esgoto, além disso, a renda obtida poderia ser direcionada a pavimentação das ruas juntamente com a ajuda da prefeitura.
     A ideia da criação de uma liderança mais forte é de trazer a estes moradores a esperança de conseguir suas melhorias de vida através de lutas, diálogos, e parcerias, está liderança será o pilar do empoderamento social. No entanto vale salientar aos moradores a importância de atos desnecessários como o ato de despejar e lançar resíduos tóxicos (lixo) em áreas desabitadas, pois esta ação poluirá cada vez mais o meio ambiente, consequentemente, lhes propiciando problemas futuros com o decorrer dos tempos.
     Nestes quesitos, são indispensáveis à união de moradores na luta de seus direitos, as pessoas devem agir como resistência ao sistema se quiserem viver em situações melhores, pois possuem a consciência de que seus problemas atuais são frutos das más governanças passadas e atuais. 
     O público interessado deve agir com ações coletivas implicando o comprometimento com o bem comum. A união faz a força, mas esperar por atitudes do governo não.


4. ANEXOS



Figura 8. Equipe 3 direcionada a pesquisa em campo, composta pelos discentes: Aline Santos, Iolanda Vieira, Karolayne Santos, Lucas Sales e Rafael Felix.


Figura 9. Discentes aplicando a entrevista.


Figura 10. Quadra “X” sem calçamento ou pavimentação.


Figura 11. Imagem de casas que não possuem calçadas.


Figura 12. Rua sem calçamento no bairro Delfino Guedes.



Figura 13. Indícios de queimadas de materiais com resíduos tóxicos pelas ruas, apesar de possuir a coleta diária.

Figura 14. Terreno baldio onde alguns moradores fazem uso para jogar o lixo fabricado em suas casas, apesar de possuir coleta diária no bairro.



Figura 15.  Casas com indícios de entulhos.


Figura 16. Esgoto a céu aberto, onde são jogados os resíduos captados pelas tubulações.


Figura 17. Quantidade perceptível de lixo.

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